Para as pessoas que participam desse programa ou acompanha o blog esse assunto não é novidade já abordei o tema no post: Consumo de ovos e mito do colesterol!. Esse tipo de informação é importante para ir quebrando a resistência dos profissionais de saúde que criticam a metodologia usada no Emagreça+. Que de acordo com a etapa pode sugerir o consumo moderado de gorduras naturais e uma alimentação com baixo nível de carboidratos para facilitar o processo de emagrecimento e a manutenção da saúde e bem estar.
Segundo o Dr. Souto, recentemente, várias instituições muito importantes e tradicionais têm revisado sua postura. O conhecimento esta disponível mas nem todos mas o acesso a todos encontra barreiras nos paradigmas vigentes, nossa opinião não é mais minoritária basta vem os exemplos de mudança entre os que pesquisam e não tem medo de vencer a desconfiança que o novo provoca.
Exemplos recentes de mudanças de postura:
"Infelizmente, muitos profissionais de saúde e nutricionistas em todo o país ainda recomendam uma dieta de alto carboidrato para pacientes com diabetes, uma recomendação que pode prejudicá-los e contribuir para o aumento de sua obesidade e piora do controle de seu diabetes, consequentemente aumentando sua chance de vir a desenvolver complicações da doença no futuro."
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O fim da piramide alimentar! |
"Há uma concepção errônea de que a Associação Americana de Cardiologia (AHA) apoia uma dieta de baixa gordura", diz Rachel Johnson, PhD, MPH, RD, professora de nutrição na Universidade de Vermont e última presidente do Comitê de Nutrição da AHA. "Nós não estamos mais dizendo que uma dieta low fat (baixa gordura) é a resposta.
"Uma metanálise de 2014 não achou associação entre gordura saturada e doença cardiovascular. A metanálise também não achou relação entre o consumo de gordura monoinsaturada e doença cardiovascular, mas sugeriu uma redução com o aumento do consumo de gorduras ômega-3; o benefício de gorduras ômega-6 permanece incerto. Em virtude destes resultados, nós não sugerimos mais que se evitem as gorduras saturadas propriamente ditas, embora muitos alimentos ricos em gorduras saturadas sejam menos saudáveis do que os que contém níveis mais baixos (nota do Dr. Souto: estão falando de fast food, não de coco ou carne de gado alimentado com pasto). Em particular, nós não achamos mais que haja evidências substanciais no sentido de escolher laticínios desnatados (tais como escolher leite desnatado ao invés de integral).
"Deve-se notar que NENHUM estudo incluído na revisão sobre doença cardiovascular identificou a gordura saturada como tendo associação desfavorável com doença cardiovascular"
"Nós sugerimos que as próximas diretrizes ajudem as pessoas a adotar dietas que não são as recomendadas até hoje, tais como uma dieta de baixo carboidrato, para ajudá-las as fazer escolhas mais saudáveis dentro deste tipo de dieta."
O fim da restrição à gordura nas novas diretrizes nos EUA:
Segundo a Revista Veja, "o consumo do mais eclético dos alimentos de origem animal, abundante em colesterol, a mais conhecida e condenada das gorduras, acaba de ser definitivamente liberado pela ciência da nutrição. O aval veio de uma instituição reputada no assunto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, órgão governamental responsável pelas diretrizes alimentares americanas - e, portanto, com impacto em todo o mundo".
Ainda segundo a Veja, absolvição se estende a outros alimentos ricos em colesterol, como camarão, coxa de frango (com pele, fique bem claro), coração de galinha, lula e bacalhau. A novíssima norma pode representar uma extraordinária reviravolta nos hábitos à mesa. Ela põe por terra a orientação de cautela no consumo de ovos, para permanecer didaticamente com o mais claro sinônimo de colesterol ingerido, em vigor desde a década de 60. A quantidade de colesterol levado à boca não podia, até agora, ultrapassar 300 miligramas diários, o equivalente a um ovo e meio (ou a uma coxinha de frango). Diz Raul Dias dos Santos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Sociedade Internacional de Aterosclerose: "É a mudança de padrão alimentar mais drástica já ocorrida desde os primórdios das discussões sobre o papel das gorduras no organismo".
O documento americano (veja aqui)"é um cartapácio de 571 páginas. A alforria do colesterol aparece na 17ª e, em pouco mais de discretas cinco linhas, abre o sinal verde, com uma recomendação que desde já começa a fazer barulho pela força de sua assertividade.""Não há evidência disponível que mostre alguma relação significativa entre uma dieta com colesterol e os níveis de colesterol sanguíneo. O consumo excessivo de colesterol não é motivo de preocupação." "Ponto. E termina aqui o incômodo vaivém que ora fazia do ovo e seus congêneres os vilões da dieta, ora os tratava como mocinhos. À pergunta inescapável - o colesterol dos alimentos faz mal ao coração? - cabe agora uma única resposta: não."
Assim segundo o Dr. Souto, é nesse contexto que vem mais um espetacular editorial, num dos principais periódicos médicos peer reviewed do mundo, o JAMA (Revista da Associação Médica Americana, veja aqui) afirma que as Diretrizes Dietéticas 2015 removem restrição à gordura da dieta. Nas novas diretrizes, não há mais limite de consumo diário de colesterol, pois o colesterol nos alimentos pouco ou nada impacta o colesterol no sangue;
"A less noticed, but more important, change was the absence of an upper limit on total fat consumption. The DGAC report neither listed total fat as a nutrient of concern nor proposed restricting its consumption. Rather, it concluded, “Reducing total fat (replacing total fat with overall carbohydrates) does not lower CVD [cardiovascular disease] risk": Uma mudança menos percebida, mas MAIS importante, é a ausência de um limite superior para o consumo de gordura total. O Dietary Guidelines Advisory Committee (DGAC - comitê de aconselhamento das diretrizes dietéticas) não listou gordura total como nutriente digno de preocupação nem propôs restringir seu consumo diz apenas que o seu consumo em excesso pode ser prejudicial. Ao contrário, concluiu que "reduzir a gordura total (substituindo-a com carboidratos) não reduz o risco de doença cardiovascular.
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